
Na penúltima sexta-feira, dia 10 de outubro de 2008, no espaço dos estudantes da faculdade de Medicina Veterinária da USP, aconteceu uma festa organizada pelo centro acadêmico do curso. O espaço, muito famoso dentro do Campus por vender cerveja barata e assemelhar-se fisicamente a um barracão de escola de samba, é considerado um local de diversão garantida para os universitários.
Jarbas, aluno do curso de letras, estava nesta festa acompanhado por um grupo de sete amigos, ele e o moço com o qual estava ficando, subiram em um dos palcos do local e começaram a dançar, logo em seguida, se beijaram.
O DJ da festa, presidente do centro acadêmico dos alunos de Medicina veterinária, ao vê-los se beijando, parou a música, ascendeu a luz do estabelecimento, apontou para o casal e os rechaçou moralmente com palavras de baixo calão.
Em seguida, dois alunos altos e fortes fisicamente, foram em direção ao palco violentamente e “arrancaram” o casal de lá, apoiados pelos outros alunos da veterinária, usando de violência física e moral, os trogloditas colocaram o casal e seus amigos para fora do estabelecimento e fecharam as portas do barracão. Jarbas e seus amigos tentaram resistir, de nada adiantou pois eram minoria.
Já do lado de fora, Jarbas repudiou a violência da qual foram vítimas e disse que iria ligar para a polícia, pois homofobia é crime, os alunos e alunas que estavam na festa atacaram o casal com frases do tipo: “Vocês que estão errados, vocês estragaram a nossa balada”, ” O que vocês fizeram é atentado ao pudor”, ” Vocês estão aqui a toa, querem causar, vão causar em outro lugar”, “O que nós fizemos foi o certo, vocês que estão querendo criar confusão”.
Apesar de inúmeras ligações para a polícia, devido a dificuldade de explicar claramente o nome da rua dentro do Campus onde se localiza o barracão, nenhuma viatura apareceu, a guarda universitária chegou cerca de duas horas depois e nada fez de notável para ajudar, os seguranças da festa também não interviram de maneira alguma para conter a violência.
Há cerca de um ano atrás, eu e uma amiga estávamos em uma festa, neste mesmo barracão, onde acontecia um baile funk, subimos no “famoso palquinho” para dançar, em poucos minutos já haviam moços dançando “com a gente”, de repente começou a tocar o “Funk do boquete”, o aluno que estava do meu lado instantaneamente colocou sua mão em minha nuca e impulsionou- a para baixo em direção ao seu pênis, tirei sua mão de mim e nervosa dei um tapa em sua cabeça, ao perceber minha ação de violência contra o rapaz, sem entender o que estava acontecendo, minha amiga aproximou-se, o moço fez a mesma coisa com a cabeça dela, xinguei-o, puxei-a, descemos do palco e nos retiramos do local, e desta vez, ninguém parou a música, ascendeu a luz ou repudiou o ato deste “tipo de macho”.
Todos estes atos ocorreram na Universidade de São Paulo, a maior Instituição de Ensino Superior e de Pesquisa do país, e terceira da América Latina. Muitos por aí acreditam que nós, estudantes desta renomada instituição, somos os grandes intelectuais do Brasil, os grandes pensadores capazes de contribuir para a melhora do País.
Agora eu vos pergunto: Que melhora é essa?… De que vale o saber científico no consciente de pessoas sem escrúpulos, criminosas, que não respeitam os Direitos Humanos!? Essa é a cara do nosso país? Esse é o retrato da sociedade que estamos construindo? Quais são as prioridades deste mundo que vivemos?
A cada dia que passa, multiplicam- se e brotam dentro dos mais diversos grupos sociais, grandes criminosos, fundamentados por uma cultura machista, sexista, racista, homofóbica, sectária, onde quem não segue determinados padrões de comportamento, que lhe é imposto, é excluído e aniquilado.
Esta é a nossa juventude… Onde será que isso vai dar? E ainda há quem defenda a idéia de que nos dias de hoje, o machismo e a discriminação não existem.
Jarbas, aluno do curso de letras, estava nesta festa acompanhado por um grupo de sete amigos, ele e o moço com o qual estava ficando, subiram em um dos palcos do local e começaram a dançar, logo em seguida, se beijaram.
O DJ da festa, presidente do centro acadêmico dos alunos de Medicina veterinária, ao vê-los se beijando, parou a música, ascendeu a luz do estabelecimento, apontou para o casal e os rechaçou moralmente com palavras de baixo calão.
Em seguida, dois alunos altos e fortes fisicamente, foram em direção ao palco violentamente e “arrancaram” o casal de lá, apoiados pelos outros alunos da veterinária, usando de violência física e moral, os trogloditas colocaram o casal e seus amigos para fora do estabelecimento e fecharam as portas do barracão. Jarbas e seus amigos tentaram resistir, de nada adiantou pois eram minoria.
Já do lado de fora, Jarbas repudiou a violência da qual foram vítimas e disse que iria ligar para a polícia, pois homofobia é crime, os alunos e alunas que estavam na festa atacaram o casal com frases do tipo: “Vocês que estão errados, vocês estragaram a nossa balada”, ” O que vocês fizeram é atentado ao pudor”, ” Vocês estão aqui a toa, querem causar, vão causar em outro lugar”, “O que nós fizemos foi o certo, vocês que estão querendo criar confusão”.
Apesar de inúmeras ligações para a polícia, devido a dificuldade de explicar claramente o nome da rua dentro do Campus onde se localiza o barracão, nenhuma viatura apareceu, a guarda universitária chegou cerca de duas horas depois e nada fez de notável para ajudar, os seguranças da festa também não interviram de maneira alguma para conter a violência.
Há cerca de um ano atrás, eu e uma amiga estávamos em uma festa, neste mesmo barracão, onde acontecia um baile funk, subimos no “famoso palquinho” para dançar, em poucos minutos já haviam moços dançando “com a gente”, de repente começou a tocar o “Funk do boquete”, o aluno que estava do meu lado instantaneamente colocou sua mão em minha nuca e impulsionou- a para baixo em direção ao seu pênis, tirei sua mão de mim e nervosa dei um tapa em sua cabeça, ao perceber minha ação de violência contra o rapaz, sem entender o que estava acontecendo, minha amiga aproximou-se, o moço fez a mesma coisa com a cabeça dela, xinguei-o, puxei-a, descemos do palco e nos retiramos do local, e desta vez, ninguém parou a música, ascendeu a luz ou repudiou o ato deste “tipo de macho”.
Todos estes atos ocorreram na Universidade de São Paulo, a maior Instituição de Ensino Superior e de Pesquisa do país, e terceira da América Latina. Muitos por aí acreditam que nós, estudantes desta renomada instituição, somos os grandes intelectuais do Brasil, os grandes pensadores capazes de contribuir para a melhora do País.
Agora eu vos pergunto: Que melhora é essa?… De que vale o saber científico no consciente de pessoas sem escrúpulos, criminosas, que não respeitam os Direitos Humanos!? Essa é a cara do nosso país? Esse é o retrato da sociedade que estamos construindo? Quais são as prioridades deste mundo que vivemos?
A cada dia que passa, multiplicam- se e brotam dentro dos mais diversos grupos sociais, grandes criminosos, fundamentados por uma cultura machista, sexista, racista, homofóbica, sectária, onde quem não segue determinados padrões de comportamento, que lhe é imposto, é excluído e aniquilado.
Esta é a nossa juventude… Onde será que isso vai dar? E ainda há quem defenda a idéia de que nos dias de hoje, o machismo e a discriminação não existem.
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